Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou mais falar de sol
Do mar, da rua,
Da lua ou da solidão
Meu vício agora é a madrugada
Um anjo, um tigre e um gavião
Que desenho acordada Contra o fundo azul da televisão
Meu vício agora
É o passar do tempo
Meu vício agora
É Movimento, é o vento
É voar
Não vou mais verter lágrimas baratas sem nenhum porquê
Não vou mais vender
Melôs manjadas de karaokê
E mesmo assim fica interessante
Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante
Ficarei assim
Desedificante.
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